Homem livre

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Homem livre, o oceano é um espelho fulgente
Que tu sempre hás-de amar ; no seu dorso agitado,
Como em puro cristal, contemplas, retratado,
Teu íntimo sentir, teu coração ardente.

Gostas de te banhar na tua própria imagem.
Dás-lhe beijo até, e, às vezes, teus gemidos
Nem sentes, ao escutar os gritos doloridos,
As queixas que ele diz em mística linguagem.


eau-rui-palha
Rui Palha (Lisboa, Portugal)

Vós sois, ambos os dois, discretos tenebrosos;
Homem, ninguém sondou teus negros paroxismos,
Ó mar, ninguém conhece os teus fundos abismos ;
Os segredos guardais, avaros, receosos !

E há séculos mil, séc'ulos inumeráveis,
Que os dois vos combateis n'uma luta selvagem,
De tal modo gostais n'uma luta selvagem,
Eternos lutador's ó irmãos implacáveis !

 O Homem e o Mar
in As flores do mal
Charles Baudelaire

tradução de Delfim Guimarães
 

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